sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Cadê os homossexuais e simpatizantes?

Estamos habituados a ver paradas gays que chegam a juntar até milhões de participantes. Entretanto, não se viu esse número de pessoas protestar em razão da presença de Mahmoud Ahmadinejadé, presidente do Irã, aqui no Brasil.
O Irã é um país fascista. Basta que se diga que ali o homossexualismo é considerado um crime grave. O homossexual que for preso praticando sexo recebe pena rigorosa. Caso for reincidente por algumas vezes, será condenado ao enforcamento.
A mulher e os homossexuais são tratados de forma brutal e não se assistiu a um protesto à altura das festas e gandaias que são promovidos pelos gays, lésbicas e simpatizantes de forma extravagantes e ultra-exibicionistas. Isso demonstra que os homossexuais a rigor, não defendem com veemência os interesses da humanidade. Omitem-se, de forma escandalosa enquanto o fascismo é festejado, reverenciado pelo nosso presidente Lula por conta dos bons negócios que as relações capitalistas permitem. Isso é uma lástima. Isso é o capitalismo.

2 comentários:

  1. "os homossexuais a rigor, não defendem com veemência os interesses da humanidade. Omitem-se, de forma escandalosa enquanto o fascismo é festejado, reverenciado pelo nosso presidente Lula"

    Se assim for, então os operários, os estudantes e o próprio P-SOL (quem sabe?) não lutam pelos "interesses da humanidade". Afinal de contas, houve grandes manifestações por parte desses setores da sociedade? Não. No seu caderninho intitulado "O Pulo do gato: a universidade não ensina o essencial", o senhor afirma na página 5 que Trótsky é um dos teóricos do socialismo científico. Pois bem: Trótsky tem um conceito chamado "Crise da direção revolucionária", ou alguma coisa parecida. Eu lhe pergunto se a liderança dos shows em que se converteram as paradas gay são lideranças revolucionárias. E a resposta é não. Logo, se essas lideranças não são revolucionárias, então nunca convocariam nada revolucionário. E mais: os GLBT não existem fora da sociedade. São operários, professores, camponeses, estudantes,burgueses,etc,etc. Ao afirmar que os gays não combatem pelos "interesses da humanidade", o senhor joga todos eles no mesmo saco. Rasga a divisão da sociedade em classes sociais e a substitui pela divisão da sociedade em sexualidades diferentes. Afinal, se os 10% da população brasileira não lutam pelos "interesses da humanidade", por que se preocupar com a homofobia? O seu pensamento joga 18 milhões de brasileiros no colo da reação ou, mais efetivamente, da inação, da marginalização. Saiba, sr Gilvan Rocha, que antes de falar que os GLBT não lutam pelo que o senhor considera serem "os interesses da humanidade", é necessário saber quem tem a hegemonia do movimento. A hegemonia do momento não é revolucionária. Logo, não jogue a culpa nos GLBT em geral, mas principalmente na liderança. A não ser que o senhor considere que a direção do movimento não é importante, nem a hegemonia da mesma, e que as pessoas formam, elas mesmas, a sua consciência. E se assim for, para quê o Partido Revolucionário? Para que o leninismo? A alienação não existiria, nem a ideologia das classes dominantes. O que entra frontalmente em contradição não-dialética com o primeiro parágrafo do seu caderninho já citado:

    "A burguesia, sempre muito esperta, com anos de experiência acumulada, mantém-se no poder por conta de inúmeros discursos bem disseminados no seio do povo, letrado e iletrado, através de ideólogos, tribunos, doutrinadores e políticos.Por múltiplas vias, esses discursos, pilares de sua sustentação, são assumidos plenamente pela extrema maioria da sociedade, sem se perceber que são conceitos, preconceitos e mistificações que muito bem servem ao sistema sócio-econômico vigente".

    Ora, ora: os GLBT fazem parte desse povo? 18 milhões de brasileiros fazem parte do povo brasileiro?
    Por tanto, escolha: ou és marxista e, por tanto, científico; ou és não-marxista, o que abre lugar para a homofobia, entre outras coisas. Escolha bem o que você quer ser, Gilvan Rocha. E só aí volte a escrever. Mostre a sua verdadeira cara: revolucionária ou qualquer outra coisa.

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  2. Oi Gilvan!!
    Tudo Bem?

    Olha a gente se conhece. Você sabe que sou homossexual. Você alguma vez teve dúvidas que eu defendo os interesses da humanidade???
    Compreendo que eh muito importante para você combater o capitalismo, mas cria uma dicotomia heterossexual - cuida dos interesses da humanidade/homosexual não cuida eh o mesmo o que Ahmadinejad faz. Independente de orientação sexual as pessoas gostam de festa e independetemente dela outras pessoas gostam de engajarem-se em lutas políticas. O verdadeiro papel de um revolucionário é unir a todos, não seperar. Melhor seria que ensenharamos as pessoas como elas são manipuladas pelo sistema e como elas devem fazer para começar a dar a viradar a esses valores.
    Espero que da próxima vez você não use o tema da homossexualidade para fazer campanha anticapitalista. Faça só campanha anticapitalista.

    Um abraço.

    Ermeson Vieira

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