sexta-feira, 26 de março de 2010

Duas faces

Duas faces da mesma moeda ou “do jeito que o diabo gosta”. A política nacional está marcada pela existência de dois grandes blocos, ambos de direita, pois não pretendem extrapolar os limites do capitalismo. A pretensão deles é conservá-lo. Esses dois grupos centram as suas diferenças no seguinte eixo: Estado mínimo e Estado máximo. Os que defendem o Estado mínimo apostam no mercado no pressuposto de que ele se encarregará de dirigir a economia e são considerados neoliberais ou de extrema direita. Os que defendem o Estado máximo propugnam pela presença maior do Estado nas chamadas atividades estratégicas. Essa divisão passa ao largo de uma discussão maior em torno do que seja o Estado. Para os verdadeiros socialistas o Estado é uma instituição de classe que tem por objeto a dominação de uma classe sobre outra. Porém, uma gama enorme de pessoas que se auto intitulam de esquerda, termina por reproduzir o discurso burguês de que essa instituição chamada Estado está acima das classes sociais e a identificam como se fosse o poder do povo ou o chamado poder público o que não passa de uma deslavada farsa.
Em decorrência de tais raciocínios, é que temos uma luta de interesses que envolve essas duas posturas e que redunda na existência de uma disputa entre uma extrema direita representada pelos neoliberais e uma outra direita moderada representada pelos chamados políticos progressistas que abrange partidos como PT, PSB, PDT, PCdoB. Essa dicotomia, extrema direita e direita moderada, escamoteia a luta anticapitalista que fica restrita a pequenos partidos de fraca inserção popular como são o PSTU, o PSoL e, de certa forma, o velho PCB.
Na verdade, o que é realmente necessário e urgente, é a existência de um partido de massa que seja explicitamente anticapitalista. Devem ser chamados para a construção dessa proposta todos os verdadeiros revolucionários que compreendem perfeitamente não existir esperanças para os explorados e oprimidos dentro das fronteiras do sistema sócio econômico vigente.

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