terça-feira, 8 de junho de 2010

O tripé da maldade

Desde que foi imposto o Plano Real temos, a rigor, a mesma política econômica e financeira. Lançado no governo Itamar Franco o Plano Real foi apontado pelo PT como uma manobra eleitoreira de curta duração. O governo FHC tratou de consolidar os fundamentos dessa nova política econômica e os ventos da bonança sopraram em favor do governo de Luiz Inácio Lula da Silva produzindo um ambiente de paz social na medida em que, o governo petista, engessou as centrais sindicais e estudantis, patrocinou a miséria com o Bolsa Família e garantiu a “paz social” tão ao gosto da burguesia que nunca desfrutou de tanta estabilidade e tantos lucros. É ambição da burguesia a continuidade dos fundamentos da política econômica vigente. Desse ponto de vista ela parece estar bem servida quando nos fornece como candidatos, supostamente viáveis, um verdadeiro tripé da maldade: Serra, Dilma e Marina.

Os que pretendem um maior nível de competência no gerenciamento do capitalismo preferem o Serra. Os que se animam com a candidatura artificial, porém, patrocinada por um amplo populismo, escolhem a guerrilheira redimida Dilma Russeff. Os que, platonicamente, pretendem uma figura cândida, uma vestal que inspira hombridade, escolhem a Marina Silva.

Trata-se sem dúvidas de um tripé da maldade pois, tais candidaturas representam o continuísmo de um sistema capitalista que vive às custas de imensos sacrifícios sociais. Trata-se de uma camisa de força que tentam nos impor como se não houvesse outra saída. Mas ela existe e está na candidatura mal divulgada desse grande companheiro que é Plínio de Arruda Sampaio. Este sim, se coloca contra o continuísmo e denuncia claramente o capitalismo como matriz de tantas e quantas mazelas sociais. Plínio, candidato, haverá de dizer a verdade mesmo que essa sua postura possa não ser compreendida pela grande massa do povo. Porém, a parcela que haverá de entender o seu discurso, há de se multiplicar e um dia desfazer essa grande fraude populista tão semeada Brasil afora. Votar em Plínio será romper a camisa de força do sistema vigente.

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