segunda-feira, 4 de outubro de 2010

E se for o Serra?

Depois de muita arrogância, a Dilma não logrou vitória no primeiro turno. Haverá, portanto, um segundo momento em que a disputa estará polarizada entre a candidata forjada pelo Lula e o candidato José Serra. Não há diferença substancial entre essas duas candidaturas. Ambas merecem toda confiança do sistema capitalista, pois a ele se propõem servir com toda presteza. Não é por acaso, que a campanha da Dilma Rousseff tem sido alvo das maiores contribuições financeiras, o que faz de sua campanha a mais rica de todas. Mas uma questão se coloca para todos nós que nos propomos a fazer uma reflexão, ou seja, parar para pensar. Será que na hipótese de José Serra presidente as centrais sindicais e estudantis haverão de ser desengessadas? Será que os sindicatos abandonarão o seu comportamento estritamente burocrático e governista, para ganhar as ruas em defesa dos direitos dos trabalhadores e na luta contra o sistema capitalista? Será que haveremos de sair da imobilidade política em que o governo Lula jogou todo o movimento de massa?
Há que pensar! De repente, uma legião imensa de militantes da esquerda convencional, formada pelo PT, PCdoB, PSB poderá se ver na condição de desempregada, o que possibilitará tornar-se insatisfeita e, ai sim, se propor a procurar os trabalhadores, os estudantes, o povo em geral para ganhar as praças e ruas em nome de uma cerrada oposição ao governo direitista do Sr. José Serra.
Cabe pensar. Qual mais prejudicial à causa da libertação dos explorados e oprimidos no sistema capitalista: a direita desnudada ou a direita travestida de esquerda, conforme vem ocorrendo através do governo Lula? Não diz o povo que o pior inimigo é o falso amigo? Não dá pra perceber que, “nunca na história desse país” a burguesia gozou de tantas vantagens, privilégios e, sobretudo, tranquilidade, uma vez que o governo Lula, a preços módicos, logrou cooptar as centrais sindicais e estudantis e, uma massa de miseráveis a troco de migalhas? Direita versus direita é o que teremos. Cabe escolher qual candidato é, taticamente, preferível.

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