sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

A volta dos pelegos

A volta dos pelegos

Vivemos no capitalismo. Nele, uns poucos, a burguesia, vive do lucro extraído pela exploração dos trabalhadores. Aos capitalistas só uma coisa interessa: o lucro, custe o que custar. Para se defender, os trabalhadores buscam alguns instrumentos de luta. Um deles é o seu sindicato.
Os primeiros sindicatos, no Brasil, eram independentes e combativos. No governo de Getulio Vargas surgiu a Consolidação das Leis do Trabalho – CLT e a partir daí os sindicatos foram atrelados ao Ministério do Trabalho.
Getulio Vargas, por acatar algumas reivindicações trabalhistas e proclamar outros direitos, foi tido como “pai dos pobres” e os sindicatos transformados em instrumentos de viabilização desses direitos tornados leis.
Criou-se, nos sindicatos, uma camada de dirigentes chamados de pelegos. O que é pelego? É uma manta de tecido usada no sul do país que servia para amaciar o atrito entre a pele do animal e a sela.
No caso dos sindicatos, eram pelegos, os dirigentes que se prestavam a contornar os atritos entre os trabalhadores e a burguesia, mas sempre em favor da classe patronal. No governo de João Goulart, os pelegos foram tratados com regalias para se colocarem ao lado dos interesses do capitalismo.
Os golpistas de 1964, processaram intervenções nos sindicatos retirando-lhes sua capacidade de luta. Posteriormente, ainda nas entranhas da ditadura, surgiu um novo e combativo sindicalismo, particularmente, no ABC paulista. Esse sindicalismo combativo tratou de mover uma campanha que desalojasse os pelegos que se assenhorearam dos sindicatos. Foi fundada a Central Única dos Trabalhadores – CUT, que seria a sepultura do velho sindicalismo. Com o PT no governo, iniciou-se um novo e triste processo de peleguismo, presente, tanto na CUT, como em outras centrais sindicais corrompidas pelo governo Lula. A volta do peleguismo transformou o sindicalismo, modo geral, num antro de corrupção, prestando-se aos interesses da burguesia que “nunca antes, na história desse país” gozou de tanta tranquilidade e fartos lucros.

Um comentário:

  1. Será que quem corompe o capitalismonão somos nós mesmos com ilusões ludibriadas pelas nossas ambições de um dia pertecer a essa tribblo seleta da burquesia de qu uma pessoa comum nada conhece mas simplesmete quer ser?

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