terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Ziguezague?

Não! Absolutamente não! Ziguezague é o comportamento atribuído àquele que quer fugir de uma situação de perseguição ou, por outro lado, está buscando tergiversar sobre alguma questão. Não é isso o que está acontecendo na política nacional. Nela não há diferenças, tudo parece igual. Dizendo melhor, na política nacional burguesa não existem perseguidores e perseguidos. Antes o que se costumava chamar de direita e de esquerda, virou uma só coisa. É tudo direita.

Chega-se à escabrosa situação em que, Ronaldo Caiado chefe da extrema direita União Democrática Ruralista - UDR, tornou-se um “veemente defensor” das classes trabalhadoras, quando se discutiu a questão do mísero aumento do salário mínimo.

Por sua vez “esquerda”, representada pelo seu líder, Aldo Rebelo, postou-se como defensora inquebrantável da proposta governista que reduzia o salário mínimo à condição de perdedor da inflação.

Isso mesmo! Os “bravos” esquerdistas de há pouco, tornaram-se os “bravos” direitistas de agora. E a situação inversa também é verdadeira. Até o impune larápio, Paulo Maluf, aderiu à base do governo na condição de um “aliado progressista”.

Gente! A que situação fomos reduzidos. Assistimos à vitória quase absoluta da direita em escala internacional. A esquerda, de matriz stalinista, ficou completamente sem discurso. Antes diziam existir dois mundos convivendo pacificamente. O primeiro era o mundo capitalista, decadente. O segundo era o mundo socialista, ascendente. Tal discurso foi esmagado pela realidade. Era apenas uma fraude. Na ausência desse discurso, a “esquerda” mergulhada na orfandade teórica, desapareceu e na sua ausência brota a discurseira indecente produzida pela academia burguesa, através do “marxismo legal”, cultuando a pasmaceira que sequer pode ser chamada de ziguezague.

Ressuscitar, é a palavra de ordem! É urgente expurgar dessa trajetória, os equívocos, fantasias e, sobretudo, o descarado comportamento que esconde a defesa de mesquinhos interesses em detrimento dos interesses maiores da humanidade.





Um comentário:

  1. Assistir de camarote atitudes de pessoas que no passado não muito distante, tínhamos uma boa relação no campo ideológica e hoje serem equiparados aos piores lacaios da política brasileira é no mínimo frustrante.

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