terça-feira, 10 de maio de 2011

RÉS DO CHÃO

Não é somente o Brasil. O mundo inteiro, em matéria de conduta, chegou ao rés do chão. Prosperam a cada dia as chagas sociais que vão do progressivo uso das drogas, da prostituição crescente, do crime organizado, da corrupção, dos cambalachos fraudulentos e alguns tantos outros comportamentos que revelam o agudo estágio de degradação a que chegamos.

Feitas essas considerações, tratemos do Brasil. Aqui, todas essas chagas sociais estão presentes. Em matéria de prática política chegamos ao rés do chão, ou melhor, chegamos ao fundo poço. Para presidir a Comissão de Ética do Senado, foi escolhido o notório Renan Calheiros e para secundá-lo, a figura menor do senador João Alberto, sempre a serviço de José Sarney.

Atentem senhores, a Comissão de Ética é aquela que, em princípio, haveria de monitorar o comportamento dos senadores, e põe-se para vigiar o galinheiro, uma raposa.

Por outro lado na Câmara Federal dos deputados, para preciosíssima Comissão de Justiça, foi escolhido para presidente o deputado João Paulo, do PT, um dos processados por sua participação inequívoca no episódio do mensalão.

Não bastassem tantos descalabros, tantos insultos ao bom senso e à decência, o Partidos dos Trabalhadores – PT, achou de promover a refiliação do operador das falcatruas do mensalão, o senhor Delúbio Soares.

Por seu turno, o senhor Gilberto Kassab toma a iniciativa de criar um novo partido, com a finalidade clara de agregar os deslocados e habilitá-los a participar da grande festa que é a partilha do bolo, o assalto ao Erário.

Sendo assim, assistimos quase impassivos, ao imoral casamento entre um PT que, um dia, se auto-proclamou um partido diferente, com a velha guarda da trapulinagem da política nesse Brasil em que um dia Cabral aportou, e aqui ele lançou as bases para que prosperasse um capitalismo que fez, inicialmente, fortuna através do trabalho escravo e instalou a política das oligarquias, a política patrimonialista em que os eleitos se julgam senhores daquilo que costumeiramente chamamos de dinheiro público.

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