sexta-feira, 18 de novembro de 2011

POR QUE O ÓDIO?



            Um fato que muito me impressionou foi observar que as massas populares, regra geral, nutrem repulsa a tudo que dizia diz respeito ao COMUNISMO. Na eleição de Barack Obama era comum a campanha raivosa do Tea Party acusando Obama como membro, às escondidas, do “Partido Comunista”. É assombroso saber que uma grande parcela da população norte-americana respondia com aceitação a uma propaganda tão descabida, tão horrenda. Afinal, o senador Barack Obama apresentava-se como candidato a Presidente da República e possuía um currículo qualificado para exercer a sua liderança, rumo à sustentação do capitalismo em todas as suas formas.
            Assim, vem a pergunta: por que tanto ódio ao comunismo? Responder simplificadamente, que esse ódio provinha da propaganda levada avante pelo imperialismo é, apenas, uma mentira. Basta lembrar que a Santa Madre Igreja, conseguiu arregimentar milhares de pessoas para combater uma presumida violação do Santo Graal.
            Naquele momento não existiam a mídia eletrônica e impressa em tão alto nível. Daí persistir a pergunta: por que tanto ódio, se a força provinha, tão somente, da propaganda? E a resposta continua: o sistema da época não dispunha de tanta força de propaganda como dispunha agora para fazer o povo odiar o comunismo.
            E aí? Como resolver a questão? A resposta consiste em considerar que a mentira anticomunista não estava totalmente desprovida de inverdades. O stalinismo, produto da derrota do socialismo diante do imperialismo, trouxe um fenômeno histórico que pode ser considerado o de maior consequência para a humanidade.
            Não bastasse o stalinismo ter destruído milhões de vidas, não bastasse ter desagregado a economia agrária-industrial, ter reduzido um povo a fome, ter edificado os campos de concentração para executar dissidentes de direita ou de esquerda, apunhalou o processo da revolução socialista mundial, como foram exemplos: o vicejar do nazi-facismo, o apunhalar da revolução espanhola e para fechar tão lúgubre lista de crimes: temos o genocídio do Camboja.

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