terça-feira, 20 de dezembro de 2011

UM FESTIVAL DE PROSTITUIÇÃO





            Em 2012, haverá eleições em todo o território nacional. E, a seguir os velhos modelos, estaremos às portas de um verdadeiro festival de prostituição. Uns compram, e muitos vendem.
            Atentemos para o fato de que uma das grandes bandeiras da revolução democrática burguesa foi instituir e participar da forma mais ampla dos processos eleitorais. A bandeira democrático-burguesa, representava um dos ítens políticos mais avançados no projeto de transformação econômica, política e social da época. Ficou provado, particularmente nos países mais adiantados, que a liberdade eleitoral, não obstante os seus defeitos, era possível tornar-se exequível, nos limites do novo sistema, ou seja, no capitalismo. Alguns países, sobretudo, a Alemanha, haviam chegado longe na conquista de certas formas de liberdade eleitoral.
            Esse trunfo era exibido pela burguesia. Ela o apontava como o caminho crescente para se chegar a uma sociedade de justiça. Mas não era somente a burguesia que aplaudia as vitórias eleitorais; ao lado dela, uma certa esquerda direitosa, aclamava o processo eleitoral como a trilha segura que nos levaria à conquista da justiça entre os homens.
            Um exemplo exaltado era o da Alemanha, onde o Parido Operário havia conquistado mais de cem cadeiras no parlamento e esse fato exibia a tese burguesa de que o processo natural da libertação do homem estaria no caminho das disputas eleitorais.
            Alguns socialistas desconheciam a diferença qualitativa entre governo e poder, outros socialistas, de olhos mais argutos, faziam, em resposta à esperteza da burguesia, um questionamento que a deixava sem resposta. É verdade, senhores! O desenvolvimento político, econômico e social nos trouxe ao capitalismo e que ele, não espontaneamente, produziu uma nova ordem econômica e social de maior envergadura, e ela nos brindou com a democracia política. Desafiamos esse sistema a nos proporcionar a existência, não somente da democracia política mas, sobretudo, da democracia social, daí a expressão, social democracia.

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