terça-feira, 13 de março de 2012

FICHA LIMPA



            A PEC aprovada no Congresso Nacional, ensejou que o combativo Deputado Estadual do Ceará, Heitor Férrer (PDT), tomasse a iniciativa de promover medida similar através da Assembléia Legislativa. É curioso como deputados, vereadores e outros políticos de carreira, falam tanto na moralização do serviço público e comportam-se de tal maneira que a proposta do Sr. Heitor Férrer caminha com toda lentidão possível. Até a data de ontem, 06 de março de 2012, apenas 23 deputados haviam assinado a referida proposta. Demais adesões espera-se que venham a existir. A PEC só poderá ser aprovada caso seja apoiada pelo número mínimo de 28 deputados e aí rondam algumas incertezas, pois Heitor Férrer é um aguerrido e solitário opositor ao governo do Estado e por essa razão, talvez, haja algumas iniciativas no sentido de bloquear a aceitação de sua proposta. Isso evitaria que o deputado viesse a ocupar as manchetes dos noticiários. Além disso, ele se coloca como candidato à Prefeitura de Fortaleza, e é claro que tal postura não é do agrado da legião de partidos que formam a base de apoio do governador.
            A propósito dessa questão, temos observado como as forças políticas atuantes têm rondado o processo eleitoral como se ele fosse a única forma de se ter participação política, quando na verdade predomina a demagogia, a mentira, as falsas promessas, a corrupção tanto dos que compram votos, quanto dos que vendem o seu voto ou de sua família a troco de migalhas e outras benesses.
            Essas considerações servem para que despertemos para o fato de que todos os arranjos no sistema capitalista não passam de meros remendos, é como enxugar gelo, ou querer transformar animais carnívoros em animais vegetarianos. Pura ilusão.
            Não propomos a nossa omissão no processo eleitoral. Não; dele devemos participar e aproveitar os espaços que nos são concedidos para denunciar a inviabilidade do capitalismo e propor a união dos explorados e oprimidos em torno da construção de um novo projeto de sociedade, uma sociedade sem exploradores e explorados. 

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