sexta-feira, 16 de março de 2012

LANÇA-SE UMA CANDIDATURA



            Em Fortaleza, especulam-se os nomes de candidatos à sucessão municipal. Um nome, porém, ultrapassa a linha de fogo da especulação e se coloca oficialmente, como pré-candidato à prefeitura pelo PDT, trata-se do Deputado Estadual Heitor Férrer, militante do PDT, que tem ocupado o seu espaço para colocar-se como guardião da moralidade, quando se trata da gestão do Sr. Cid Gomes. Enquanto ele faz ferrenha oposição ao governo, silencia diante da desastrosa administração petista de Luizianne Lins, por razões que não ficam bem claras para nós.
            Por seu turno, vale salientar que todo o processo eleitoral, ou de preparação para ele, limita-se a discutir como se deve, ou não, dirigir os negócios do capitalismo, seja em nível federal , estadual ou municipal. Pouco vemos falar que há uma distância abissal entre governo e poder. Pouco se ouve falar que os processos eleitorais não põem em disputa o poder, limitando-se apenas às disputas de governo.
            Ora, é de suma importância ter-se em conta que as mazelas sociais como o desemprego, os baixos salários, as drogas, as favelas, a violência e algumas tantas outras, decorrem do sistema capitalista. Aí está a raiz do problema. E uma luta verdadeiramente consequente tem que atacar o mal pela raiz, tem que ser de caráter anticapitalista.
            Não queremos dizer que devemos nos negar a participar do processo eleitoral, mas enquanto socialistas, o que não é o caso do Sr. Heitor Férrer, não temos o direito de enganar o povo, dizendo que nesse sistema permite-se a alternância no poder. Não. O que existe é apenas alternância no governo. O poder, o Estado, continua em mãos da burguesia, e nunca será posto em disputas eleitorais.
            No que pese nosso respeito ao Deputado Heitor Férrer, é necessário para nós, socialistas, termos bem claro, que a tarefa de gerenciar os negócios da burguesia é tarefa da burguesia e seus asseclas. Quanto a nós, militantes socialistas, a tarefa central, está justamente em desconstruir o poder burguês e construir o poder dos trabalhadores.

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