sexta-feira, 6 de abril de 2012

A HORA DO VAREJO

  Neste ano de 2012, dar-se-ão entre nós eleições para prefeitos e vereadores. Dentre tantos problemas que se apresentam, dois merecem destaque.
            O primeiro é a corrupção que afeta o comportamento dos candidatos e, por que não dizer, de grande parte dos eleitores. Os candidatos praticam corrupção comprando votos ou o que é a mesma coisa trocando por favores.
            É chocante vermos a cumplicidade do eleitor com as falcatruas, quando observamos figuras carimbadas como Jader Barbalho conseguir eleger-se senador e a sua eleição ilícita merecer do STF, inesperada legitimação. Da mesma forma vemos a quadrilha do José Sarney receber a sagração eleitoral apesar de sua desonestidade. Temos o exemplo de Paulo Maluf que, por mais de uma vez, conseguiu ser o parlamentar mais bem votado. O processo eleitoral é marcado pelo exercício da corrupção, tanto por parte dos candidatos, quanto por parte de uma parcela significativa de eleitores dispostos a trocar seus votos por pequenas e imediatas vantagens.
            Quanto à segunda questão trazida à baila nesse processo eleitoral, é reduzir a imperiosa grande discussão da política no atacado, para a pequena discussão ou a discussão no varejo, das coisas miúdas que terminam predominando em todo o processo de debate.
          Quando falamos da grande política, da política no atacado, sequer estamos nos referindo à necessária política socialista. Estamos nos atendo a tratar das chamadas reformas de base, necessárias aos interesses do capitalismo, mas que eles não conseguem viabilizar esse programa, tamanho é o imediatismo, o fisiologismo, a incompetência. Diante desses entraves, limitam-se esses senhores, a práticas varejistas, enquanto se dedicam a uma política de assistência à miséria e o grande capital usufrui exorbitantes lucros navegando nas águas tranquilas de um país onde as massas trabalhadores e as lideranças populares foram cooptadas por via de uma política cuja bandeira é a corrupção das centrais sindicais e estudantis e dos movimentos populares.

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