terça-feira, 24 de abril de 2012

O GOLPE DE 1964



            Em 1964, por iniciativa da burguesia, os militares foram acionados para perpetrarem um golpe de Estado que impedisse o perigo de uma revolução social, como acontecera em Cuba. Assim sendo, promoveu-se a quebra da legalidade, com a prática de um golpe preventivo, de natureza contra-revolucionária.
            Há uma ridícula discussão: se foi o golpe levado a cabo no dia 31 de março ou no dia 1º de abril. Os golpistas, por escrúpulo, chamam o episódio de “Revolução de 31 de março”, entretanto, não se tratou de uma revolução, e sim de um golpe bonapartista, que contou com o envolvimento, direto ou indireto, de todas as parcelas da burguesia e com a omissão explícita do PCB.
            A vingança de chamar “o golpe de 1º de abril”, na tentativa de insinuar que se tratava de uma mentira, nunca foi suficiente para negar sua existência. Mesmo sendo num primeiro de abril, foi uma dolorosa verdade que atingiu o movimento de massas e as aspirações legítimas dos trabalhadores, explorados e oprimidos.
            Com freqüência, ouvimos os nossos cientistas políticos, com títulos de mestrado e doutorado, se referirem àquele episódio chamando-o de Golpe militar. Ora, temos dito que os militares não constituem uma classe social; trata-se de uma das instituições do Estado burguês formada por pessoas adestradas na arte de receber ordens sem discuti-las. E é nessa condição que elas, as Forças Armadas, constituem o braço armado do sistema capitalista e estão sempre prontas a rasgar toda e qualquer Constituição, para assegurar o “direito sagrado” da propriedade privada, como monopólio da classe burguesa. Em defesa da propriedade privada e da segurança da classe burguesa as Forças Armadas, em combinação com as forças policiais, estão prontas para o exercício da coação, sempre fieis ao refrão: “prendo e arrebento”.
            A esquerda capenga, que é a imensa maioria, chama indevidamente o golpe, de Ditadura Militar, e nas suas paupérrimas análises não se cansa de atribuir ao inimigo a causa de nossa derrota, esquecendo uma lição primária: os inimigos não traem.

2 comentários:

  1. i.g.cavalcante50@hotmail.com24 de abril de 2012 às 17:05

    Sempre atento no resgate da nossa história, Gilvan Rocha é um dos poucos, pouquíssimos mesmo, que falo do golpe de 64, sem esconder a verdade. Parabéns, camarada!!!

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  2. i.g.cavalcante50@hotmail.com26 de abril de 2012 às 15:09

    Juntos, haveremos de derrotar esse monstro que está destruindo o planeta e por via de consequência a vida. Sobre o desmoronamento do capitalismo, devemos construir um mundo verdadeiramente socialista, onde reine a prosperidade e a paz social. Queremos uma sociedade de possibilidades, que todos possam viver com dignidade e respeito mútuo!!!
    Nossa luta, camaradas... Não é uma luta qual quer, ela tem a nobre finalidade de transformar, esse mundo de explorador e explorados, em um mundo socialmente justo. Unidos, venceremos!
    “Trabalhadores do mundo, uni-vos!!!”

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