sexta-feira, 25 de maio de 2012

AOS MEUS IRMÃOS


            Aos irmãos sanguíneos, que são nove, aos irmãos não sanguíneos, que são bilhões, gostaria de levar uma mensagem para reflexão. Fomos todos, aqui, levados a pensar em termos de Brasil. “Nosso céu é mais azul, nossos bosques têm mais flores”. Esses e outros versos serviam e servem para nos comover, e não enxergar que por trás dessa cortina existia e existe um país formado de classes e camadas sociais, um país de dúzia e meia de ricos, de uma camada de remediados, uma grande cifra de pobres e outra de miseráveis. Esse fato poderia levar-nos a pensar: é justo dizermos “Brasil, um país de todos”? Isso é uma blasfêmia, quando sabemos que as terras no Brasil, as fábricas, as minas, os bancos, as riquezas são propriedade daquela dúzia e meia de famílias ricas. Não é verdade o que eles colocam em nossas cabeças utilizando a ingenuidade de nossas famílias, o papel da escola, das igrejas e da chamada grande mídia.
            A verdade é bem diferente de tudo que nos foi ensinado. O Brasil compõe o mundo capitalista e é justamente nesse sistema que vemos prosperar os absurdos que vão da fome, ao desemprego, aos baixos salários, à corrupção, à violência e tantas outras iniquidades. Em busca do lucro, que é a alma do sistema capitalista, eles não têm medida, além de promover múltiplas mazelas sociais agridem sistematicamente o planeta, de forma que a vida se torne impossível.
            Como argumento, imaginemos uma panela de pressão cheia d’água, posta em cima de um braseiro, em pouco tempo a água estará fervendo e para que a panela não sofra uma explosão, é necessário que exista uma válvula, por onde possa escapar o vapor produzido. Acontece que a válvula está entupida e é necessário e urgente que desentupamos esta válvula, sob pena de assistirmos a uma explosão. É isso que está acontecendo no plano social e político. O capitalismo está levando o planeta, “a panela”, a uma situação de explosão e tudo devemos fazer para sustar esse crime contra o gênero humano, pois nada deterá o capitalismo, senão a força do povo consciente.

Um comentário:

  1. Ivanildo Cavalcante26 de maio de 2012 às 06:43

    A insensibilidade do capitalismo diante da gravíssima crise produzida pelo próprio sistema vigente, estar contida na vulgaridade do seu egoísmo!...

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