terça-feira, 1 de maio de 2012

POR QUE SE ROUBA?



            Liga-se o rádio ou a televisão, abra-se um jornal ou uma revista, e o que mais se vê são notícias de corrupção, particularmente, no chamado serviço público, isso em nível municipal, estadual ou federal. O ato de roubar tem, basicamente, duas matrizes.
            A primeira delas é chamada de roubo famélico, o roubo daquele ou daquela que impelidos pela fome e por outras necessidades básicas, lança mão, em seu desespero, do roubo ou furto, como forma de aplacar as suas necessidades e muitas vezes esses furtos têm levado homens e mulheres desamparados, às barras dos tribunais, ou senão, a prisões sem nenhum julgamento, sem o tão proclamado direito de defesa.
            A segunda natureza de roubo, advém da lógica que o popular conceitua dizendo: “a medida do ter nunca enche”. Essa é uma das leis próprias do capitalismo. E está ligada à necessidade incontida de galgar status cada vez maior.
            Tanto o roubo famélico, quanto o roubo dos que buscam conquistar maiores posições, advêm do sistema capitalista, que produz a desigualdade e junto a ela o roubo, a prostituição, as drogas, a violência e tantas quantas outras chagas sociais.
            Tentar sustar o roubo, através de campanhas moralistas, ou senão, através de leis mais rigorosas, haverá de se mostrar incapaz de resolver esse mal.
            Não é à toa que nos voltamos, com tanta insistência, para a denúncia do sistema capitalista. É desse sistema que fluem tantas chagas sociais. Dentre essas tantas chagas, existe a violência sexual, voltada mais das vezes contra crianças e, a nosso ver, tal fenômeno que se agiganta deve-se à exacerbação do sexo, seja através do jornal, da revista ou da televisão. Essa exacerbação, nos parece capaz de produzir desequilíbrios de comportamentos e como decorrência temos uma lista apavorante de casos de estupros e outras formas de desvios de natureza criminosa.
            O rapaz pobre, rouba para ter uma motocicleta; a moça pobre, se prostitui para ter uma roupa da moda; outro rouba para comprar um carro top de linha e assim é, no sistema capitalista.

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