sexta-feira, 1 de junho de 2012

PLÍNIO, O MOÇO



            A cidade de Fortaleza tem a honra de estar recebendo hoje a figura ímpar de Plínio de Arruda Sampaio. Considerando a sua vontade, tenacidade, e grandes propósitos que extravasam de forma serena, em todas as oportunidades, podemos considerá-lo um aguerrido jovem, apesar de sua idade cronológica e da precariedade de suas condições físicas.
            Tendo em vista a sua longa trajetória política, esteve ele entre os primeiros políticos cassados por ocasião do Golpe Contra Revolucionário de 1964. Depois da cassação, veio o longo exílio, para depois obter o seu retorno, quando promulgada a lei da anistia. Antes de 1964, fazia parte do bloco de militantes parlamentares que empunhavam a bandeira das “reformas de base”, processo interrompido pelo Golpe Reacionário que se instalou no Brasil, tamanho era o medo das classes dominantes de que, a progressiva radicalização do movimento de massas, como se dava entre os militares de baixa patente, nas Ligas Camponesas, nas greves “selvagens” que atropelavam as direções pelegas, e tudo isso, fugindo do controle das direções burguesas, poderia redundar em um processo insurrecional cujo exemplo cubano era bem recente.
            Plínio não parou no tempo, não se conservou um mero reformista, abraçou com todo empenho a causa da transformação social por entender que reformar significa conservar, e conservar o sistema sócio econômico vigente não corresponde aos anseios históricos dos explorados e oprimidos, a quem sempre voltou as suas atenções e todas as suas energias.
            Do marasmo político que se implantou, após o Golpe de 1964, quando se experimentou algumas iniciativas de luta armada para, posteriormente, observar-se um processo acentuado de capitulação, Plínio, “o moço”, soube se manter blindado e com os ouvidos surdos diante do canto da sereia que as propostas de cooptação formulavam e hoje, põe-se ele como referência política para todos nós que almejamos lutar pela desconstrução do capitalismo e a construção de uma sociedade de justiça e paz. Viva o Plínio! Vivamos nós!

Um comentário:

  1. Ivanildo Cavalcante5 de junho de 2012 às 05:59

    Realmente, Plínio de Arruda Sampaio é um grande exemplo a ser seguido, por todo militante socialista!

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