terça-feira, 24 de julho de 2012

CHÁVEZ ABASTECE A SÍRIA




     O cel. Hugo Chávez, presidente da Venezuela, figura festejada pela equivocada esquerda direitosa, fiel a sua postura anti-americana, procura abastecer o governo fascista da Síria, fornecendo para aquele governo grandes quantidades de óleo diesel.
     Chamamos a atenção para o fato de que, ser anti-americano, não implica em ser anti-capitalista, entretanto ser anticapitalista significa ser anti-imperialista, seja esse imperialismo inglês, francês, alemão, japonês ou canadense.
      O exarcebado antiamericanismo leva a esquerda direitosa a ver, com mal simulada simpatia, o Talibã, o Irã e a própria Síria, forças ultra-direitistas, pelo simples fato dessas forças políticas se colocarem numa posição anti-ianque.
      Esse desvio conceitual, deve-se ao fato de que o stalinismo conseguiu substituir o principio da luta de classes pelo falso conceito político de nações opressoras versus nações oprimidas. Dessa forma, organizações auto proclamadas de “marxistas-leninistas” e mesmo “marxistas-leninistas-trotskistas” opõem-se ao imperialismo ianque a partir de uma perspectiva nacionalista. Esquece essa gente que, soberania nacional, na fase imperialista, é um luxo reservado, tão somente a uma dúzia de países desenvolvidos. Não cabe, nesse clube, a presença de outros países, ou seja, os movimentos de libertação nacional lutam por uma causa inexequível. Dessa forma, cabe-nos rejeitar, com toda veemência, o nacionalismo criado e alimentado pela vasta literatura stalinista que dá as costas ao verdadeiro socialismo cientifico.
      Resgatar os verdadeiros princípios do pensar socialista, é uma tarefa hercúlea, da qual não podemos nos furtar. Esse resgate implica varrer, completamente do nosso discurso político, todo entulho fartamente espalhado pelo stalinismo, que cumpriu o vergonhoso papel de criar, a partir da Terceira Internacional e da Academia de Ciências da URSS, uma esquerda claramente direitosa que se prestou e se presta a servir de linha auxiliar para a sustentação do capitalismo.

Um comentário:

  1. Já falamos, e nunca é pouco repetir: não é possível se falar em socialismo revolucionário, sem antes associar o nome de Gilvan Rocha. Mais uma vez, parabéns companheiro. Ivanildo Cavalcante.

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