segunda-feira, 6 de agosto de 2012

DILMA NADA APRENDEU




            No Egito antigo, dizia-se: “os aprendizes têm os ouvidos nas costas”. Esse princípio “pedagógico”, partia do pressuposto que para aprender era necessário levar algumas chicotadas. Isso equivalia dizer que a palmatória, de antanho, era um instrumento pedagógico e esse argumento vem reforçar a tese de que só se aprende apanhando.
            Ora, parte de nossa esquerda, principalmente os que enveredaram pela luta armada, tiveram muitos dos seus militantes presos, submetidos a sessões de tortura. Dentre os torturados, tem-se a figura, da então militante socialista, Dilma Roussef. Pelo visto, ela nada aprendeu pela via da violência de que foi vítima. Ao invés de ter reforçado as suas “convicções socialistas”, ela se revelou um quadro pronto para gerenciar o capitalismo.
            Os exemplos são muitos e não se esgota no caso da Presidente. Com tristeza, vemos que muitos são os ex-militantes de esquerda que capitularam e se colocaram como “office boys” e “office girls” do sistema socioeconômico vigente. Revelador é o triste caso do ex-guerrilheiro José Genuíno. Ele foi preso e submetido à tortura. Depois de ter se prestado a ser garoto propaganda da democracia burguesa, e réu do Mensalão, assume hoje a condição de assessor do Ministério da Defesa.
            O Ministério da Defesa é constituído pelas Forças Armadas. É o braço armado da burguesia e sua função é garantir a sustentação do capitalismo, mesmo que para isso seja preciso rasgar a tão festejada CARTA MAGNA, ou seja, rasgar a Constituição, como foi feito, em 1964, por ocasião do golpe contra revolucionário, indevidamente chamado de golpe militar.
            Os múltiplos casos, dos que apanharam, e apanharam feio, dos órgãos policiais e militares que servem à burguesia, desmonta completamente a tese de que a violência e o castigo físico, permitem que haja um real aprendizado. Os exemplos que dispomos, dos caminhos percorridos por certa esquerda, auto- intitulada de radical, são suficientes para sepultar definitivamente, o recurso “pedagógico” do uso do chicote egípcio, para promover o aprendizado.

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