sexta-feira, 31 de agosto de 2012

LEWANDOWSKY: O ESCÂNDALO ESPERADO!




            O ministro do STF, Ricardo Lewandowsky, votou pela absolvição dos réus, João Paulo e Marcos Valério, no julgamento do mensalão. O seu voto foi escandaloso, porém, tratava-se de um escândalo esperado, pois o aludido ministro é amigo, de copa e cozinha, do ex-presidente Lula, interessado na absolvição dos mensaleiros envolvidos naquele vergonhoso episódio.
            O julgamento é marcado por um cenário teatral, não faltando mesuras e atos explícitos de hipocrisia. Há um clamor, orquestrado pelos que apostam na impunidade, no sentido de que o julgamento se dê a partir dos dados estritamente técnicos e não se caracterize por um julgamento político, como se isso fosse possível.
            Ora, sabemos que nossas atitudes revestem-se de atos políticos. Isso se dá quando falamos, contestamos, ou quando nos omitimos. Pretender que existam ações, inclusive do silêncio e da omissão, isentas de conotação política frente ao contexto histórico e as suas circunstâncias, é uma postura ingênua, equivocada ou de má fé.
            A verdade é que uma parcela expressiva da sociedade acompanha atentamente o desenrolar desse julgamento histórico. Grande parcela da população espera que os que delinquiram sejam exemplarmente punidos, entretanto, sopram os ventos da desconfiança de que tudo termine “em pizza”, no dizer dos descrentes. Esse desfecho não pode ser descartado, caso tenhamos em conta a natureza do próprio colegiado de juízes supremos, do seu processo de escolhas, do nível dos advogados de defesa pagos a preço de ouro, e outras circunstâncias.
            Haveremos, porém, de considerar que, no caso de haver uma absolvição, ela servirá como testemunho eloquente de que a República Democrática Burguesa é uma tremenda fraude, pois a verdade é que ela, enquanto instrumento político, está a serviço dos interesses do capitalismo e os braços curtos da “justiça” mostram-se incapazes de alcançar os delinquentes ricos. Para fundamentar o que foi dito, basta lembrar o contundente exemplo do sr. Paulo Maluf, pois a sua impunidade denuncia o caráter de classe dessa “justiça”.

quarta-feira, 29 de agosto de 2012

ELEIÇÕES EM FORTALEZA




     Considerando os rótulos, temos, na disputa eleitoral de Fortaleza, dois candidatos trabalhistas, quatro socialistas, sendo um deles auto proclamado de “ marxista-leninista-trotskistas” e um candidato comunista. Apesar desse perfil “avançado”, a disputa eleitoral está aportada no principio de que a cidade em foco, é um espaço de cidadania. Esse discurso é reflexo da superada Revolução Francesa de 1789.
       Fortaleza, tida como espaço de convivência, desconhecendo-se o fato de existirem nele classes e camadas sociais com interesses distintos e conflitantes,serve aos interesses da burguesia. Em decorrência desses “equívocos”, a campanha eleitoral descamba para as promessas mirabolantes e até irresponsáveis, enquanto alguém resvala para uma postura de natureza poética, tipo a volta das cadeiras nas calçadas ou mesmo “Fortaleza Bela” que se mostrou e tem se mostrado uma retumbante fraude.
    Temos insistido em denunciar o discurso corrente da cidadania. Trata-se de uma manobra política, bem sucedida, levada a cabo pelos tribunos e vastos seguimentos da intelectualidade, cujo objetivo é revogar a luta de classes e propor um falso consenso, em nome da cidade ou do país, e isso é falso.
    Alias, a academia burguesa, com o beneplácito de setores da chamada esquerda, tem procurado promover uma “revolução” semântica. Em lugar de burguesia, vem o conceito impreciso de elite. Confundem, por conveniência ou má informação, os conceitos de governo e poder. Usam, abusivamente, o conceito de república na intenção de que ela é isenta dos interesses de classes e se presta a cuidar da “coisa pública”, e isso é mentira. Praticam, pelas razões postas, um incorreto conceito de Estado, tratando-o como instituição do povo em conflito com instituições privadas. É o reino da confusão conceitual com implicações do fazer político. É hora de corrigir caminhos. É hora de levantar a bandeira do anti-capitalismo e dar proposição do projeto socialista para o conhecimento das massas trabalhadoras.

segunda-feira, 27 de agosto de 2012

PT. UM PARTIDO RICO?



            Quando o PT surgiu, era um partido pobre. Mas logo esse quadro começou a mudar quando houve a conquista pelo PT, de algumas prefeituras, destacando-se as de Ribeirão Preto e Santo André. Na primeira cidade, houve a eleição do esperto Antonio Palocci, que logrou ficar muito rico, em prazo muito curto. Em Santo André, chegou haver denúncias de corrupção e o ex-prefeito petista, Celso Daniel, foi assassinado num episódio bastante nebuloso. Outro fato obscuro, foi o assassinato do Toinho do PT, ex-prefeito da cidade paulista de Campinas. Prova de que o passado de pobreza era página virada, ficou claro, quando o ex-presidente Lula da Silva  e José Dirceu tiveram que pagar o montante de dez milhões de reais para ter o industrial, José Alencar, compondo a sua chapa como vice. Haveremos de convir que dez milhões de reais é muito dinheiro para qualquer partido, imagine só para um partido de trabalhadores. Isso dá muito o que pensar.
             Quando o Partido dos Trabalhadores, depois de algumas tentativas, finalmente chegou ao Governo Federal, por conta de concessões tamanhas em que se desfigurou completamente, essa agremiação, pelos os fatos demonstrados, deixou de ser apenas rico para se tornar um partido dos ricos. Sim. É isso mesmo! Segmentos esclarecidos da burguesia passaram a enxergar o lulismo como um bom negócio para os seus interesses. Isso foi fartamente comprovado.
             Lula, no governo, garantiu aos banqueiros, aos grandes industriais, aos agropecuaristas, a tranquilidade social necessária para o capitalismo voar em “céus de brigadeiro”. Lucrar sem que haja transtornos livre de contestações, era tudo o que a burguesia desejava e, esse desejo, foi atendido plenamente, pelo governo petista.
            A baixo custo, o lulismo empreendeu um programa de assistência social dirigida aos miseráveis, através do Bolsa Família, criando um vasto colégio  eleitoral. Procedeu, a seguir, um trabalho de corrupção e cooptação, das centrais sindicais e estudantis ultra-burocratizadas, além de cooptar também, os movimentos populares. Por sua vez, as grandes empreiteiras se fartaram abusivamente, vendendo serviços superfaturados aos ministérios e às autarquias do governo petista.
             Por todas essas razões, sobrava e sobra dinheiro nos seus cofres. Tanto isso é verdade que eles se encontraram em condições de fornecer vultosas quantias a vários partidos explicitamente fisiológicos, em troca de apoio no congresso nacional como o episódio do mensalão deixou tão claro. Partido rico e partido dos ricos, o PT não passa de uma agremiação a serviço do sistema capitalista. Essa é uma lamentável verdade e dela não devemos fugir, pelo contrário devemos envidar esforços para que toda população possa enxergar esses fatos.

sexta-feira, 24 de agosto de 2012

NÃO PRECISA MENTIR



            A burguesia sustenta-se no poder através de um discurso baseado em mentiras. Mentir é seu dever de ofício. Caso tentasse o discurso da verdade, o seu sistema socioeconômico desabaria. Assim sendo, o ato de enganar passa a ser uma necessidade, entretanto, nem tudo que provém do discurso burguês é, necessariamente, mentira. Algumas vezes, eles partem de uma verdade e sobre ela, constroem um discurso de natureza enganosa.
            Esse comportamento da burguesia, podemos ver nas denúncias feitas aos chamados “países socialistas”. Partindo de certas “verdades”, como a de mostrar que naqueles países, inexistiam práticas democráticas, formulavam o discurso de que o comunismo levaria, inevitavelmente, aquele “modelo socialista”.
             Não só as crueldades praticadas e a ausência de liberdade, eram os traços daquele modelo. Exploravam, também, o seu quadro de pobreza. É preciso reconhecer que eles não precisavam mentir. Havia e há, graves distorções,  cruéis atos de intolerância e sentidas carências. A partir disso, construíam um discurso em que o stalinismo era sinônimo de comunismo. Conseguiram e, ainda conseguem, arrebanhar a opinião pública, inclusive das classes trabalhadoras, para esse questionamento do “socialismo”, assumido como irrefutável, enquanto a própria proposta do socialismo, como superação do capitalismo, fosse rejeitada.
            Não é honesto negarmos a existência de ditaduras férreas de partidos, ditos comunistas, sob o errôneo argumento de que as acusações feitas às chamadas experiências “socialistas”, são falsas porque foram levantadas pela direita. É bastante claro que o discurso anticomunista levado a cabo pela burguesia, encontrou e encontra franco respaldo na realidade. Querer subtrair essa verdade, significa querer tapar o sol com a peneira. O caminho correto, portanto, é assumir a verdade histórica, considerando que ela é, antes de tudo, revolucionária, e assim procedendo, estaremos cortando na própria carne. Essa atitude de autocrítica, porém, é urgente e necessária.

quarta-feira, 22 de agosto de 2012

LEWANDOWSKY




            Lewandowsky é ministro do STF que está realizando o julgamento do mensalão. É sabido que ele é íntimo do ex-presidente Lula, interessado em que não haja condenação dos envolvidos nesse processo. Quando estourou o escândalo, Lula disse que se sentia traído pelos seus companheiros. Depois, o então presidente, disse que o dinheiro fornecido aos aliados era do caixa dois. Não contente com essa versão, Lula da Silva acrescentou que caixa dois é muito comum aos partidos, desconhecendo o fato de ter pregado, insistentemente, que o PT era um partido diferente.
            Como explicar que um partido de “trabalhadores”, possa ser tão rico a ponto de comprar a adesão do industrial José Alencar, pela “bagatela” de 10 milhões de reais? A operação foi levada a cabo por José Dirceu e Delúbio Soares. Nesse episódio, tão generoso, o representante do capital é recrutado a preço de ouro pelo PT, o que é muito intrigante. Não bastasse isso, o PT, no governo, promove uma generosa distribuição de dinheiro com partidos da direita explícita, em troca de apoio.
            Essa conduta é difícil de explicar; e diante do escândalo, os petistas enveredaram pelo caminho de negar o mensalão, dizendo que tudo foi criação da “imprensa golpista”, numa cínica manobra buscando tapar o sol com a peneira e desmentir as evidências.
            Por último, o ex-presidente Lula, recorreu a alguns ministros do STF, no sentido de cooptá-los para uma manobra de esvaziamento do julgamento dos mensaleiros. Em uma dessas tentativas, abordou o ministro Gilmar Mendes que, apesar de suas condutas bastantes censuráveis, resolveu denunciar o vergonhoso assédio do ex-presidente Lula.
          Frustrada essa tentativa, voltou-se o ex-presidente, para o amigo Ricardo Lewandowsky, que deveria procurar tomar medidas protelatórias, evitando que o julgamento do mensalão se desse no corrente ano de 2012. Esse ministro tentou, e tem tentado; mostrar-se fiel a sua amizade com o ex-presidente, procurando criar obstáculos ao andamento mais célere do aludido processo, de forma a beneficiar os mensaleiros, particularmente os petistas, a começar pelo sinistro José Dirceu.