sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

Lula cá!




         Não seria correto imaginar que o Brasil é social e economicamente uniforme. Não! O Brasil, como todo o mundo capitalista, é marcado pela presença de pelo menos, duas classes sociais, bastante distintas. De um lado, está a classe burguesa, dona dos meios de produção, dona das fábricas, dos bancos, do grande comércio. Do outro lado, estão as classes trabalhadoras, que despossuídas dos meios de produção, só lhes restam a força de trabalho para ser vendida como mercadoria a troco de salário.
         Vemos pois, como duas classes, com interesses imediatos e históricos diferentes, compõem aquilo que genericamente é chamado de país. Como essas classes sociais têm interesses distintos, concluiu-se que, no mínimo, têm-se dois lados: o lado da burguesia e o lado dos trabalhadores.
         Quando veio à público, na campanha presidencial, a música repetindo o refrão “Lula Lá”, nós caepistas, também saímos à público clamando pelo “Lula cá”. Queríamos que Lula não fosse para o outro lado, como terminou por acontecer.
         A passagem do Lula, que inicialmente, parecia ser um legítimo representante dos interesses imediatos e históricos das classes trabalhadoras, para o lado da burguesia, particularmente dos banqueiros, mostrou-se um talentoso político a serviço da manutenção do capitalismo e, como tal, foi reconhecido pela cúpula dos países ricos, quando foi aclamado como, o personagem do ano.
         Por sua vez, Barack Obama não se esqueceu de “honrá-lo” com o título de “o cara”. Foi nisso que redundou o Lula lá. O lá significou o abandono do cá, e isso tornou-se um episódio de graves consequências para os reais interesses das classes trabalhadoras.
         Hoje acreditamos irreversível a posição da maioria dos grandes dirigentes do PT que junto ao Lula, passaram de  malas e bagagens para o lado da burguesia e para bem servi-la, tratou de engessar as centrais sindicais e estudantis, garantindo a paz social para que os capitalistas lograssem os seus polpudos lucros. 

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