quarta-feira, 6 de março de 2013

Hora dos Répteis




            Na História, dão-se vários momentos. Momentos de ascendência revolucionária, ocasião em que se projetam verdadeiros gigantes. Na Revolução Francesa, por exemplo, projetaram-se figuras da estirpe de um Robespierre, assim como Danton, Marat, Saint Just e alguns outros para, por fim permitir a ascensão de um Napoleão, gênio das artes militares e da política necessária à época. O processo revolucionário, na Rússia, revelou a existência de uma legião de gigantes, cuja lista pode ser encabeçada por Lênin, Trótsky, Kollantai, Radek, Bukarin, Preobrajenski e alguns outros.
            Enquanto os momentos de ascensão se prestam a revelar gigantes, os momentos de descenso, sobretudo naqueles em que triunfa a contrarrevolução e se estabelecem Estados de Exceção, dá-se outro fenômeno, qual seja a hora dos répteis, dos rastejantes, reles delatores, perigosamente peçonhentos.
            A revolução socialista, derrotada em escala mundial, causou o surgimento de um triste fenômeno histórico que passou a ser tratado como stalinismo. Em função da vitória da contrarrevolução, em escala mundial, deu-se a existência de uma gama incontável de míseros répteis, que se prestaram à triste tarefa de sepultar o socialismo, apunhalando pelas costas, os movimentos revolucionários que brotavam em diversos pontos do mundo, decorrentes das próprias contradições do capitalismo.
            Por conta dessa conduta contrarrevolucionária, que se espraiou mundo a fora, temos hoje um desolador quadro de profunda derrota e até podemos dizer que hoje, vivemos o momento mais agudo do descenso do movimento socialista, e diante desse quadro, torna-se propício que brotem um sem número de répteis, abrigados indevidamente em rótulos do tipo de comunistas e socialistas.

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