segunda-feira, 10 de junho de 2013

Financiadores de campanha



É impossível servir a dois senhores. Como vivemos num país dividido em classes sociais, o Partido dos Trabalhadores se especializou em servir à burguesia e fingir que serve aos trabalhadores. Observa-se que nas campanhas eleitorais, o PT desfruta de um “caixa” bastante rico, como foi exemplo eloquente, as eleições para a prefeitura da cidade de São Paulo, em 2012. Uma das fontes de financiamento das campanhas do citado partido, tem sido as empreiteiras, empresas sempre envolvidas em condutas nada recomendáveis.
Por sinal, vale observar que o ex-presidente, Lula da Silva, tem se prestado a defender os interesses dessas empreiteiras em seus negócios mesmo fora do Brasil. Em troca, o ex-presidente tem sido agraciado com favores e recompensas pecuniárias. No governo, o PT se esmerou em preservar os interesses do capitalismo e assegurar, de forma eficaz, o engessamento das centrais sindicais e estudantis, além de promover a inércia dos movimentos populares, garantindo dessa forma, que o grande capital navegue em águas serenas e assim possa auferir grandes lucros, como foram, principalmente, os bancos e o agronegócio.
É em função de tão prestimosos empenhos, que a burguesia tem sabido reconhecer os arquitetos e operadores desse infame trabalho político, seja de formas consideradas licitas, como são as doações para as campanhas eleitorais, ou seja de formas ilícitas bem detectadas no clamoroso escândalo do mensalão, dentre outros episódios nada “republicanos”.

Nesses últimos dias, temos presenciado a conduta da ministra da casa civil, Gleisi Hoffmann, que, candidata a governadora do Paraná, se empenha em defender os interesses do agronegócio, em detrimento dos legítimos interesses dos povos indígenas em conflito com os barões de terra, naquele estado. De olho nas polpudas contribuições que poderão oferecer ao agronegócio, a ministra/candidata Gleisi Hoffmann, não tem o menor pudor em propor que seja subtraído da FUNAI a sua atribuição na demarcação das áreas indígena. A ministra e o seu partido, o PT, não podem servir a dois senhores e, por essa razão, servem ao grande capital, enquanto fingem servir aos despossuídos, como já buscamos evidenciar, e isso é, no mínimo, lamentável.

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