domingo, 23 de junho de 2013

Vergonhosa mentira



Os cartazes exibidos nos atos de protesto, levantam uma ampla pauta. Uns colocam-se contra o preço das passagens. Outros reclamam por um bom serviço de saúde e educação. Protestam contra os gastos com a “Copa”. Irritam-se com a corrupção e reclamam da inflação. Não se vê qualquer pleito de caráter direitista. Mas alguns dizem que o movimento de rua está sendo manipulado para criar um clima de golpe de Estado.

Uma certa esquerda, dita “marxista-leninista”, considera que qualquer oposição aos seus desígnios, é de direita. Durante os últimos noventa anos, a humanidade viu-se perante dois inimigos. Tem-se a direita explícita e uma outra travestida de marxista-leninista. Ambas empenhadas na manutenção do capitalismo, com palavras e atos. A “esquerda leninista” foi responsável pela ascensão do nazifascismo; a derrota revolucionária na Espanha; a fraude do governo Léon Blum, na França; a traição dos “comunistas” na guerra civil grega; a tese do “caminho pacífico para o socialismo” que redundou nos golpes de Estado no Brasil, na Indonésia e no Chile. Essa “esquerda” está em pânico diante do povo na rua.

O repúdio aos partidos, deve-se a um sentimento, pois o povo os identifica com conchavos, demagogia e corrupção. Os anarquistas levantam o refrão: o povo unido não precisa de partido e isso não devemos aceitar. Porém, partidos como o PT e PCdoB não podem ser considerados de esquerda, pois se prestam a servir ao capitalismo.
Bem pagos, esses partidos converteram as centrais sindicais e estudantis, em instrumentos de paralisia do movimento popular. Foi, justamente, esse imobilismo imposto por uma falsa esquerda que foi rompido.  Por essa razão devemos considerar esse fato digno de ser louvado. Não colocamos de lado a hipótese de que a direita explícita busque tirar proveito do cenário político. Não podemos impedir. O inimigo cumpre o seu papel de inimigo e devemos ter a competência para derrotá-lo. Tão, ou mais, pernicioso, é o inimigo travestido de amigo, esse sim deve ser desmascarado.

Denunciando o movimento como manobra da direita, o PT, PCdoB e assemelhados tentam desacreditar o movimento do povo. Claro que cabe o nosso repúdio aos atos de provocação. Alguns deles, praticados por grupos anarco-sindicalistas ou de criminosos comuns que se aproveitam dos fatos para promover saques. Mas esse repúdio não pode servir de pretexto para que junto à bacia, jogue-se a criança

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