Triste
papel
Na
metade da década de vinte, do século passado, consumou-se a derrota da revolução
socialista em escala mundial. A contrarrevolução se estendeu por todo o universo,
inclusive fez-se presente após sangrentos embates na recém surgida URSS.
O
imperialismo foi vitorioso e, ao lado desse fato, prosperou a contrarrevolução
travestida de esquerda sob o rótulo do “marxismo-leninismo”. Braço dessa
política contrarrevolucionária foi a Terceira Internacional e, em menor escala,
o trotskismo. É necessário deixar claro que Stálin e Trotsky, depois da derrota
da revolução, constituíram-se em produto dessa derrota, cujo resultado
apresenta-se, hoje, retratado no extremo estado de pauperização do movimento
socialista e na hegemonia política do capitalismo em escala mundial.
Para
a sobrevivência do capitalismo, concorreram e concorrem a direita explícita e as
posturas assumidas pelo stalinismo-trotskismo. Proclamando a falsa ideia de que
existia um mundo socialista, representado por Estados policiais, que não
passavam dos limites do capitalismo de Estado e que serviam tão somente às
castas burocráticas incrustadas nesses países, a esquerda direitosa, além de
assassinar o socialismo científico, promovendo sérias distorções conceituais, contribuiu
para difundir lendas e fraudes, nada convenientes à causa revolucionária.
Já
se disse que revolucionária é a verdade e que seria com ela que deveríamos ter
todo o compromisso e nunca propagar tantas mentiras políticas que só serviram e
servem à manutenção da ordem econômica e social vigente.
Assim
sendo, esses senhores da esquerda direitosa, sob o manto do
“marxismo-leninismo” ou do “marxismo-leninismo-trotskismo”, têm prestado um
triste papel para manter a ordem vigente, que nos arrasta para a tragédia total.
Recentemente,
a Coreia do Norte, Estado extremamente policial, calcado no capitalismo de
Estado, lançou ao espaço um foguete de longo alcance e essa proeza foi
festejada por setores da esquerda direitosa como um ato a serviço da causa
socialista, o que é uma monumental mentira. Não deveríamos ter nunca
compromisso com a fraude; entretanto, essa atitude comprometida com a mentira
vem se arrastando por esses longos anos de stalinismo-trotskismo em seu triste
papel.
Nenhum comentário:
Postar um comentário