A festa
dos inocentes
Parodiando Herbert Marcuse,
poderíamos afirmar que a massa do povo, incluindo-se, é claro, a tão falada
massa proletária, se encanta com pequenos ganhos obtidos no seu dia a dia,
sejam esses ganhos fruto de sua luta ou obtidos como dádiva “generosa” dos
senhores do poder.
Um diminuto espaço para
morar, uma geladeira, um freezer, uma TV LCD e, (suprema felicidade!) um
automóvel, são elementos suficientes para levar as camadas populares ao
conformismo e à fácil cooptação política pela classe ora dominante.
Tal comportamento das
massas populares não é próprio apenas do Brasil e, sim, de todos os recantos do
mundo. Aqui, tivemos o exemplo patente do populismo lulo-petista, oferecendo ao
capitalismo a paz social para que pudesse usufruir grandes lucros sem nenhuma
ameaça.
Respeitando os pilares
fundantes da política econômica implantada pelo Plano Real, o lulo-petismo teve
condições de implementar algumas políticas sociais que implicaram em pequenas
melhorias na condição de vida das massas e isso tem sido razão para que elas levem
a cabo a festa dos inocentes, que se expressa em algumas vitórias eleitorais
conquistadas pelo Partido dos Trabalhadores e seus aliados.
Não percebe o povo, incluindo-se, como já foi
dito, a massa proletária, que ele tem direitos históricos muito maiores do que
as migalhas que lhe são ministradas pelo sistema capitalista no Brasil através
do governo lulo-petista. Não percebe que, do ponto de vista histórico, tem o
povo o direito supremo de libertar-se dos grilhões de um sistema cuja alma é a
busca incessante de lucros e foi justamente o lucro, medula do capitalismo, que
foi assegurado à burguesia nesses últimos anos, especialmente na gestão petista,
que tão bem se aproveitou do velho sistema.
Diante desses fatos,
resta-nos, socialistas revolucionários, a tarefa de despertar as massas
populares de sua inocência e nunca acalentar suas fantasias como tem feito o PT
e o PC do B, que funcionam como linha auxiliar do sistema.
Nenhum comentário:
Postar um comentário