CPI DA
PETROBRÁS
Quando da fundação do Partido dos Trabalhadores (PT), e
nós estávamos lá, se dizia que ele seria um partido diferente. Não demorou
muito e começou a aparecer os escândalos: O assassinato de Celso Daniel,
ex-prefeito de Santo André; a morte de Toinho, em Campinas; dólares na cueca e
o mensalão.
Quanto ao mensalão, o sr. Lula disse que fora traído.
Depois, declarou que se tratava do “caixa dois” e isso todos os partidos
faziam. Mas o PT não seria diferente? Não bastasse a sucessão de má conduta, o
PT levou muito a sério o slogan: “O petróleo é nosso”. Isto é, nosso queria
dizer: deles. Assim sendo, seguiram-se as atitudes ilícitas e duvidosas no
gerenciamento da chamada maior empresa do Brasil: a PETROBRÁS.
Há muito que o PT nos joga num
dilema: Petralhas versus Tucanalhas. Diante da ameaça em se apurar os
escândalos da PETROBRÁS, o PT levanta a ameaça de se apurar as falcatruas
havidas em torno das compras dos trens e metrôs em São Paulo, nos governos do
PSDB.
Nada mais escandaloso do que essas
ameaças, que consistem em dizer: se tu falares dos meus malfeitos, eu
denunciarei os teus; ou seja, fiquemos quietos e nos salvaremos da punição da
opinião pública. Isso é muito descaramento, isso revela a que nível de
apodrecimento chegou a prática política nesses dias.
É bom lembrar que o velho PT nasceu basicamente nos
sindicatos operários. Entretanto, apesar da natureza de sua base social,
observou-se que a classe operária não era tão imune às tentações corruptoras do
sistema capitalista. Os interesses históricos dos trabalhadores foram atirados
ao vento e os doze anos de governo petista têm se prestado a servir aos
interesses maiores dos banqueiros, industriais, agropecuaristas e outros
grandes capitalistas, a ponto de o sr. Lula da Silva dizer que o empresariado
estava sendo bastante ingrato quando expressava descontentamento com o governo,
uma vez que eles nunca gozaram de tantos lucros como de tanta paz social,
assegurados pelas centrais sindicais e estudantis.
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