Esperança
vã
Dizia-se que, no velho
Império Britânico, o sol nunca se punha. Foi na Inglaterra que, a rigor,
aconteceu a primeira revolução burguesa, via guerra civil que ali se desenrolou
entre 1645 /48. Essa guerra civil se apresentou como se fosse uma luta restrita
entre o parlamento e o rei. Essa visão é uma meia verdade, na medida em que não
se esclareça ter sido o parlamento o instrumento político que congregava as
aspirações da burguesia ascendente em confronto com o rei, que representava a
nobreza e o clero anglicano em pleno processo de decadência.
Na condição de primeiro país
capitalista, a Inglaterra estendeu o seu domínio por todo
o globo terrestre e, quando
esse novo sistema
socioeconômico (capitalismo)
atingiu a sua fase imperialista, os britânicos assumiram total hegemonia do
mundo, tanto do ponto de vista econômico como político.
Em outras palavras, podemos
dizer que a Inglaterra desfrutou da condição de centro hegemônico no novo mundo
capitalista quando ele atingiu a sua nova fase imperialista.
Essa inegável hegemonia
britânica inicia o seu processo de descenso com a primeira grande guerra
mundial, de caráter interimperialista, e se completa por ocasião da segunda
grande guerra mundial.
Das cinzas da segunda grande
guerra emergiu um novo centro político, os Estados Unidos. A sua condição de
polícia na defesa do capitalismo produziu um forte sentimento antiamericano,
chegando-se ao cúmulo de ver, com simpatia, o fascismo islâmico que se
apresenta como inimigo agressivo dos ianques.
Por último, surgem os BRICS,
como uma nova versão do fracassado “terceiro mundismo”. Para os desinformados,
os BRICS se apresentam como o novo centro político para substituir a hegemonia
ianque. Tão ingênua visão abriga dois equívocos: O primeiro é considerar que
nos convém a mudança do “capataz” e novo senhor; o segundo equivoco é imaginar
que haja tempo histórico habilmente capaz para surgir um novo centro econômico
e político para gerenciar o sistema vigente, francamente exaurido.
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