sexta-feira, 1 de agosto de 2014

Esperança vã



Esperança vã

Dizia-se que, no velho Império Britânico, o sol nunca se punha. Foi na Inglaterra que, a rigor, aconteceu a primeira revolução burguesa, via guerra civil que ali se desenrolou entre 1645 /48. Essa guerra civil se apresentou como se fosse uma luta restrita entre o parlamento e o rei. Essa visão é uma meia verdade, na medida em que não se esclareça ter sido o parlamento o instrumento político que congregava as aspirações da burguesia ascendente em confronto com o rei, que representava a nobreza e o clero anglicano em pleno processo de decadência.

Na condição de primeiro país capitalista, a Inglaterra estendeu o seu domínio  por  todo  o  globo  terrestre  e,  quando  esse  novo  sistema        socioeconômico (capitalismo) atingiu a sua fase imperialista, os britânicos assumiram total hegemonia do mundo, tanto do ponto de vista econômico como político.

Em outras palavras, podemos dizer que a Inglaterra desfrutou da condição de centro hegemônico no novo mundo capitalista quando ele atingiu a sua nova fase imperialista. 

Essa inegável hegemonia britânica inicia o seu processo de descenso com a primeira grande guerra mundial, de caráter interimperialista, e se completa por ocasião da segunda grande guerra mundial.

Das cinzas da segunda grande guerra emergiu um novo centro político, os Estados Unidos. A sua condição de polícia na defesa do capitalismo produziu um forte sentimento antiamericano, chegando-se ao cúmulo de ver, com simpatia, o fascismo islâmico que se apresenta como inimigo agressivo dos ianques. 

Por último, surgem os BRICS, como uma nova versão do fracassado “terceiro mundismo”. Para os desinformados, os BRICS se apresentam como o novo centro político para substituir a hegemonia ianque. Tão ingênua visão abriga dois equívocos: O primeiro é considerar que nos convém a mudança do “capataz” e novo senhor; o segundo equivoco é imaginar que haja tempo histórico habilmente capaz para surgir um novo centro econômico e político para gerenciar o sistema vigente, francamente exaurido.

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