Sionismo
e Islamismo
A trágica verdade é que o stalinismo, este produto da
contrarrevolução vitoriosa, revogou a luta de classes. O “MANIFESTO COMUNISTA”
dizia textualmente: A História é a história da luta de classes. Entretanto,
esse princípio básico foi colocado de lado e já não mais existem burguesia e
proletariado. Em seu lugar, passaram a existir, segundo a cultura stalinista,
indevidamente chamada de esquerda, tão somente nações opressoras e nações
oprimidas. Existem, tão somente, povos, tribos e etnias em conflito.
Trata-se de uma distorção da realidade. Esses conflitos
armados, essas guerras civis prestam-se para nutrir a lucrativa indústria de
guerra; por outro lado, prestam-se para camuflar a realidade, desviando o foco
da questão. Dessa maneira, matam-se dois coelhos com uma só cajadada, o que bem
serve aos interesses do capitalismo.
Está na pauta de hoje, dentre outros conflitos, a guerra
entre Hamas e Israel, fundamentalista islâmico e o sionismo de feição fascista.
Até parece, aos desavisados, que não existem entre os islâmicos e Israelitas,
classes e camadas sociais.
A “esquerda” stalinista, regra geral, dispensa simpatias
pelos Hamas, organização de inegável conteúdo fascista, excludentes, fanáticos.
Os sionistas não têm muito a desejar em matéria de doutrina fascista. Mas, não
se pode negar que o estado de Israel tem uma conduta política em que se
registra uma prática democrática.
É provável que o sentimento de simpatia
pelos fascistas do Hamas deve-se ao fato de que eles representam a força mais
fraca diante do inimigo. Isso é um raciocínio com graves defeitos. O que
importa, o que é fundamental, é saber que o grupo Hamas dispara centenas e
centenas de mísseis contra Israel. O que é fundamental saber é que o grande
desejo dos fundamentalistas islâmicos é varrer Israel do mapa. Ora, é muita
crueldade e, de ambas as partes, isso não se contabiliza apenas pelo número de mortos.
Vale ressaltar que os fundamentalistas islâmicos
não permitem que as mulheres se alfabetizem, que elas, mesmo endinheiradas, não
possam dirigir automóveis, não possam vestir-se como as ocidentais. A prática
da homossexualidade é crime passivo da pena de morte. As mulheres adúlteras
devem ser apedrejadas até a morte.
Vê-se, pois, que não se trata de uma
guerra entre anjos e demônios; ambas representam a irracionalidade.
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