quarta-feira, 6 de agosto de 2014

Sionismo e Islamismo



Sionismo e Islamismo

A trágica verdade é que o stalinismo, este produto da contrarrevolução vitoriosa, revogou a luta de classes. O “MANIFESTO COMUNISTA” dizia textualmente: A História é a história da luta de classes. Entretanto, esse princípio básico foi colocado de lado e já não mais existem burguesia e proletariado. Em seu lugar, passaram a existir, segundo a cultura stalinista, indevidamente chamada de esquerda, tão somente nações opressoras e nações oprimidas. Existem, tão somente, povos, tribos e etnias em conflito. 

Trata-se de uma distorção da realidade. Esses conflitos armados, essas guerras civis prestam-se para nutrir a lucrativa indústria de guerra; por outro lado, prestam-se para camuflar a realidade, desviando o foco da questão. Dessa maneira, matam-se dois coelhos com uma só cajadada, o que bem serve aos interesses do capitalismo. 

Está na pauta de hoje, dentre outros conflitos, a guerra entre Hamas e Israel, fundamentalista islâmico e o sionismo de feição fascista. Até parece, aos desavisados, que não existem entre os islâmicos e Israelitas, classes e camadas sociais.

A “esquerda” stalinista, regra geral, dispensa simpatias pelos Hamas, organização de inegável conteúdo fascista, excludentes, fanáticos. Os sionistas não têm muito a desejar em matéria de doutrina fascista. Mas, não se pode negar que o estado de Israel tem uma conduta política em que se registra uma prática democrática.

É provável que o sentimento de simpatia pelos fascistas do Hamas deve-se ao fato de que eles representam a força mais fraca diante do inimigo. Isso é um raciocínio com graves defeitos. O que importa, o que é fundamental, é saber que o grupo Hamas dispara centenas e centenas de mísseis contra Israel. O que é fundamental saber é que o grande desejo dos fundamentalistas islâmicos é varrer Israel do mapa. Ora, é muita crueldade e, de ambas as partes, isso não se contabiliza apenas pelo número de mortos.

Vale ressaltar que os fundamentalistas islâmicos não permitem que as mulheres se alfabetizem, que elas, mesmo endinheiradas, não possam dirigir automóveis, não possam vestir-se como as ocidentais. A prática da homossexualidade é crime passivo da pena de morte. As mulheres adúlteras devem ser apedrejadas até a morte.

Vê-se, pois, que não se trata de uma guerra entre anjos e demônios; ambas representam a irracionalidade.

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