quarta-feira, 19 de novembro de 2014

O que é o fascismo



As categorias políticas, em geral, têm sido de difícil compreensão para muitos, em decorrência da confusão conceitual que dela se faz. Temos lembrado que a democracia política produzida pelas revoluções burguesas, particularmente pela clássica Revolução Francesa, foi um grande patrimônio, uma grande conquista para a humanidade. Os marxistas não desprezaram esse patrimônio, mas não se contentaram com essa conquista e propuseram que, para além da democracia politica, buscássemos a conquista da democracia social. Dai a expressão social-democracia, que depois foi enlameada como foram, em momento distintos, enlameadas as palavras socialistas e comunistas, dado o seu uso indevido e até criminoso.
Retornemos, porém, às nossas argumentações. Partindo do principio que a liberdade para a burguesia era uma necessidade, ela havia de romper com todas as amarras do velho feudalismo. Assim, ela permitiu conquistas tais como: o voto universal e secreto; o direito de ir e vir; liberdade de pensamento e organização e tantas outras conquistas que foram revogadas quando se instituiu um governo policial que impunha um discurso único; um partido único; a supressão do livre debate; a instituição de uma policia politica; a instauração de campos de concentração para os dissidentes e outras medidas coercitivas.
Esse procedimento é conhecido pelo nome de totalitarismo ou fascismo e ele só pode se realizar no âmbito do capitalismo. Foi justamente na URSS, dado à inviabilidade da proposta socialista e da necessidade de se cumprir tarefas do capitalismo, através do Estado, que se deu o primeiro ato de revogação das liberdades democráticas. Ou seja, foi aí que se deu a primeira prática de uma política, inegavelmente, totalitária ou fascista.
Depois dessa primeira experiência totalitária, vamos encontrar o exercício do fascismo na Itália de Mussolini e na Alemanha de Hitler. Veja-se que nos casos citados observa-se a revogação da prática democrática e a construção de um Estado eminentemente policial.

Por seu turno, vale salientar que não procede taxar de fascistas governos autoritários e até sanguinários, pois a conceituação de fascismos tem uma conotação muito mais profunda e abrangente. O fascismo é, antes de tudo, a contrarrevolução na sua forma mais exacerbada e ela se dá através, tanto do stalinismo, como posteriormente, do nazifascismo.

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