É claro que o “bom”
velhinho existe para as crianças ricas, crianças da classe média e filhos de
alguns poucos assalariados. Para a multidão de pobres e miseráveis, o Papai
Noel não passa de um velhinho faltoso, que povoa o imaginário dessas crianças,
filhas dos despossuídos. Para esses, tudo termina numa tremenda frustração. Essa
realidade é lamentável, muito dolorosa.
Temos que convir, o capitalismo é assim mesmo, bom para uns
poucos e razoável para um punhadinho de aquinhoados. Para o resto da população,
para o povão, o máximo que ele pode reservar é o menos ruim. Assim é que
lutamos por transporte menos ruim, moradia menos ruim, escola menos ruim,
hospital menos ruim, salário menos ruim... O bom mesmo fica restrito, como já
dissemos, à burguesia e alguns setores da classe média.
Por outro lado, Papai Noel
existe sim, não só como fantasia e, sim, como um grande vendedor, que traz
lucros para os comerciantes de plantão. Essa é nossa dura realidade e devemos
nos empenhar em transformá-la.
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